Investimento estrangeiro em Portugal – perfil dos investidores, oportunidades e ganhos

No contexto de pandemia que surpreendeu o mundo em 2020, muitos projetos ficaram em suspenso, ainda assim é estimável que o investimento estrangeiro retome o seu curso a curto prazo, uma vez que o nosso país é estruturalmente vantajoso: a forte aposta no turismo; as condições naturais e o baixo custo de vida têm levado os especialistas a destacarem Portugal por todo o mundo. Além disso, é de esperar que a política fiscal permaneça muito vantajosa para estes investidores particulares que adquirem casa em Portugal e também que as instituições europeias apoiem a manutenção do baixo nível das taxas de juro.

O Instituto Nacional de Estatística analisou as transações correspondentes a alojamentos familiares de categoria urbana, rural e mista, restringindo-se portanto a imóveis destinados à habitação, e revela que a percentagem dos imóveis em Portugal vendidos a não residentes ronda os dois dígitos, correspondendo a 13,0% do valor total transacionado. Estes valores estão sujeitos a flutuações, tomemos por exemplo o crescimento expressivo em 2018, 14,5% em número e 22,2% em valor dos imóveis, que foi contudo menor que o observado em 2017, +19,2% e +22,6%, respetivamente.

Os últimos anos têm sido de mudança para o setor imobiliário em Portugal quanto ao perfil de investidores. Aos investidores “oportunísticos”, guiados pelo preço baixo, começam a suceder os investidores particulares core, mais seletivos e com maior capacidade de investimento. 

Formando já uma tendência plurianual, foram os residentes em França que mais imóveis adquiriram em Portugal (19,7% do valor total), seguidos pelos residentes no Reino Unido (16,9%). Seguiram-se o Brasil (8,3%), a China (5,1%) e a Alemanha (4,9%). No seu conjunto, estes 5 países representaram 54,8% do valor global de vendas a não residentes em 2018.

Se avaliarmos o número de imóveis transacionados, estes países mantêm-se mas vemos a Suíça ocupar o terceiro lugar, com 7,7% do valor total.

É também de destacar o elevado valor mediano (297,2 mil euros) dos imóveis vendidos a residentes na China, quase seis vezes superior ao conjunto do mercado (53 mil euros). Este indicador é ainda mais expressivo se tomarmos em conta que 25% das aquisições efetuadas por cidadãos Chineses superaram o valor unitário de 515 mil euros. Residentes no Brasil e, a alguma distância, no Reino Unido e nos Estados Unidos também se destacam em termos dos valores elevados atingidos nas suas compras habitacionais em Portugal.

Mais de ¾ do valor das aquisições por investidores particulares estrangeiros concentram-se na Área Metropolitana de Lisboa (39,5%) e no Algarve (35,9%). Foi também na Área Metropolitana de Lisboa que o valor médio destas aquisições foi mais elevado (322,5 mil euros).

Esta preferência pode ser explicada pela comparação com outras urbes: em Portugal, o preço do metro quadrado em malha urbana é dos mais acessíveis no território europeu. Mesmo com o aumento dos preços por metro quadrado a que temos assistido em cidades como Lisboa e Porto (substanciados precisamente pelo interesse demonstrado por investidores estrangeiros), continuam a providenciar boas oportunidades de negócio.

Veja-se a modalidade de arrendamento: de acordo com globalpropertyguide.com os apartamentos em Lisboa continuam a obter um bom rendimento, variando entre os 4.5% e 6.7% de retorno. Apartamentos mais pequenos são os mais procurados pois tendem a gerar uma maior percentagem de proveito.

O método mais generalizado por parte destes investidores passa pela compra de casa para morar ou para passar férias, e após conhecer melhor o mercado, a cultura e o país, estes investidores podem avançar para a compra de novos imóveis destinados ao arrendamento.

Embora os nómadas digitais sejam um público-alvo cada vez mais a ter em conta, os cidadãos estrangeiros que pretendem gozar a reforma em Portugal, assim como os investidores que se fixam no país por motivos profissionais, são a maior fatia dos investidores-moradores. Esta permanência é encorajada pelo estado português, que não impõe restrições à propriedade por parte de entidades estrangeiras e mantém os custos das transações geralmente baixos.

A partir de 2013 o número e o valor dos imóveis adquiridos por não residentes com valor igual ou superior a 500 mil euros cresceram exponencialmente em Portugal, mais que duplicando em número e quase duplicando em valor face a 2012. Em 2014 esse crescimento acentuou-se, principalmente em valor, passando estes imóveis a representar quase metade do valor total dos imóveis adquiridos por não residentes nesse ano. De referir que foi nestes anos que se iniciaram, em termos efetivos, as “Autorizações de Residência em Portugal para Atividades de Investimento – ARI”, vulgarmente designadas por Vistos Gold. Este chamariz implica a cedência de vistos de residência por 5 anos a cidadãos de países fora da União Europeia. Esta vantagem é ainda mais benéfica pelo acesso privilegiado que oferece aos países do espaço Schengen.

Este interesse pelos nossos terrenos e imóveis põe em marcha as rodas de diversos sectores complementares, contribuindo para a economia num todo. Traz também uma segurança adicional a promotores e construtores nacionais que anseiam investir com o menor risco possível, pois esta procura por parte dos investidores estrangeiros tem sido muito ativa mas limitada pela escassez da oferta, e estará recetiva a investir em produtos com crescente grau de qualidade. 

De igual forma, o típico investidor estrangeiro, caracterizado por um grau de maturidade acentuado, vai valorizar a inclusão do produto RealSecure no negócio, uma vez que esta garante o valor investido por um período de 10 anos, assim como o reembolso de meses em que por imprevistos não receba o valor fixado pelo aluguer do imóvel.

POR REAL SECURE

Quer saber ainda mais?